Apesar da pandemia do Covid-19, o setor fotovoltaico continuou crescendo e, inclusive, teve um crescimento de mais de 20% em instalações. A pouco, o governo do estado de São Paulo, visando implementar a energia advinda de usinas solares flutuantes, abriu uma concorrência para o setor. Por meio da Emae, Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., o governo selecionará empresas interessadas para a instalação das usinas flutuantes na represa Billings, na capital paulista.
A represa Billings
Inicialmente foi idealizada em 27 de março de 1925, por um engenheiro da extinta concessionária elétrica Light and Power Company. Conhecida popularmente como Light São Paulo, a empresa canadense de capital aberto encerrou seu funcionamento em 1981.
O engenheiro americano Asa White Kenney Billings, criou um projeto com o intuito de armazenar água para gerar energia na hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão. Sua ideia foi tão significativa e importante, que foi homenageado com seu nome na represa.
Em 1927, a represa foi inaugurada e pouco depois passou por uma ampliação que, infelizmente, trouxe diversos problemas ambientais. Em 1949, um novo projeto de ampliação foi feito, e o reservatório passou a receber toda a água do alto Tietê.
Hoje, com 95 anos de funcionamento, a represa é a maior e mais importante reserva de água da Região Metropolitana de São Paulo. Porém, um estudo da Universidade de São Caetano do Sul (USCS) em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), concluiu que parte das águas eram tóxicas. O problema foi detectado na região sul e o estudo preliminar notou a presença de cianobactérias que podem causar danos à saúde e até levar à óbito.
A área total da represa é de 10.700 hectares de lâmina d’água. O projeto proposto visa, inclusive, solucionar questões socioeconômicas na região.
A concessão
Os interessados em fazer a instalação de usinas solares flutuantes, devem fazer suas inscrições até 9 de dezembro de 2020. O ganhador terá sociedade com a Emae, Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., para comercializar energia aos mercados livres e cativos de energia fotovoltaica.
As propostas enviadas devem ser plantas de geração e instalação de painéis com potência total de 1 MWp e 30 MWp em 4 locais pré-estabelecidos na represa Billing.
Após a fase de habilitação das concorrentes e análise dos documentos entregues, a Emae selecionará a melhor proposta de retorno econômico. A Emae pretende ter até 49% da sociedade de propósito específico (SPE), formado para a execução do projeto.
As usinas construídas poderão ser exploradas até o término da concessão do complexo Henry Borden, que acaba em 31/11/2042. Ou em outro prazo a ser definido pela Aneel, como por exemplo, com a prorrogação da outorga.
As demais informações sobre a concessão, você encontra no edital com regras e instruções, edevem ser acessadas diretamente no site da Emae.
Um teste de eficiência
Em 26 de março de 2020, o governo lançou um estudo e teste prático da primeira usina fotovoltaica flutuante da cidade. Esse projeto custou R$ 450 mil aos cofres públicos, e sua potência era de 100 kW, ocupando uma área de mil metros quadrados na represa Billings.
A avaliação durou cerca de 90 dias e o plano piloto teve um resultado tão positivo, que viabilizou que ele fosse escalável.
Com esse chamado, o governo oferece mais um impulso para o setor de energia renovável. Além disso, o projeto deve gerar centenas de empregos e milhares de reais devem ser injetados na economia.
Se você se interessou pelo projeto, acesse o site da Emae, Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., e preencha a ficha de interesse após ler os procedimentos e critérios para a participação. Não deixe também de acompanhar o Dica Solar.
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